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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Esse texto q li no blog http://diariodebordoeopinioes.blogspot.com/2012/01/quais-ordens-e-ate-onde-pode-um-dono.html?spref=fb
achei muito interessante e muito parecido com minha opinião me deu até um folego para acreditar no BDSM


Quais ordens e até onde pode um Dono mandar e sua sub obedecer?

 BDSM é um jogo erótico forte, ou pelo menos deveria ser assim, um jogo para pessoas maduras, um jogo onde ambos fazem um acordo, um manda e o outro obedece, mas como o próprio nome diz, é um jogo.   O tempo da escravidão acabou faz um tempinho, então o jogo de Dono (a) e escrava (o) se tornou mesmo interessante, porque a ideia primária é que termine quando a porta do quarto se abre para a vida real.   Contudo a nossa realidade aqui no Brasil é muito diferente da realidade BDSM fora daqui e às vezes, em raros casos, aqui também acontece um jogo chamado TPE, muito mais intenso, onde a submissa não tem nenhum direito 24 horas por dia 7 dias na semana.   Eu acho isto muito perigoso para dizer o mínimo e de certa ótica até hilário, pois no fundo todas estão cientes que a constituição não apóia tal coisa e no instante em que ela disser ‘acabou’, acaba o poder do ‘Dono’ e se ele insistir estará não somente ferindo a lei federal e internacional dos direitos humanos, como também a tríade que é à base do BDSM (SSC = São, Seguro e CONSESUAL).   Porem eu posso hoje dizer que para a comunidade do BDSM eu talvez seja a ovelha negra, aquela que contesta o que não acha certo, aquilo que foi ditado por pessoas que já nem fazem mais parte deste mundo por terem falecido faz tempo, conceitos ultrapassados e fora da nossa realidade.  
   Eu acredito que o que eu pratico seja BDSM pelo simples fato de cumprir a base, a tríade, mas de resto me considero apenas praticante de sadomasoquismo erótico, para ter e receber prazer com isto, pois este papo de que submisso só serve para servir e dar prazer é coisa de doente, eu quero e exijo ter prazer, se não for assim para quê fazer?    O jogo de D/s, o acordo previamente feito, a palavra a cumprir enquanto for interessante ser assim, é um jogo excitante e delicioso.  
   Quanto à dor, bem, a ideia de que masoquismo está invariavelmente ligado a dor é um erro, a própria vontade de estar numa posição de submissão e sujeição é uma forma de masoquismo, ter prazer em ser humilhada verbalmente ou de outras formas também é masoquismo, que não passa pela carne, é muito mais sério, é masoquismo psíquico.   Agora você pode estar pensando...   Quem em sã consciência iria gostar de ser humilhado?   Pois eu afirmo que as pessoas praticam isto constantemente de forma leve, naquilo que chamam de sexo quente; tapinhas na bunda  ou no rosto(sadomasoquismo físico), xingar de puta, vadia e afins (humilhação verbal), por de joelhos para fazer sexo oral, engasgá-la com o pênis e novamente, tapinhas no rosto e bater com o pênis no rosto (humilhação física) e por aí vai...   Em maior ou menor intensidade a maioria das pessoas curte e depois olha torto para quem pratica BDSM.  

  Mas o limite onde alguém pode mandar na sua submissa/escrava, do que pode fazer com ela ou não, na realidade depende do acordo que fizeram antes e bem lá no fundo é ela quem detém o poder de dizer quando parar, para isto existe algo chamado Safeword (palavra de segurança), que é o que ela diz quando não está mais tolerável.   Ah!   É verdade, quem pratica TPE dispensa a Safe, o que eu acho um erro, mas como não sou detentora da verdade e nem quero ser, quero apenas expor a minha opinião, fazer as pessoas pensarem no nível que estão levando suas brincadeiras, pensar se é válido e sadio dar prazer e satisfazer todas as vontades de alguém sem ter nenhuma compensação, compensação que para mim começa em ter orgasmos, prazer, porque ser privada de ter prazer para mim é um absurdo, exceto quando ele é apenas retardado, como parte de um jogo, não como a falta absoluta deste direito em tempo integral.  

 Existem alguns casos e relatos onde a ‘submissa’ é oferecida a outros, a revelia da sua vontade, que é alugada, emprestada, vendida, as vezes é mumificada (com gesso ou filme plástico para anular a sensibilidade da derme), encaixotada, onde apenas seus orifícios podem sentir algo, vendadas e com aros que mantêm a boca aberta, usadas por desconhecidos que ela nem pode ver, muitas vezes vários ao mesmo tempo e eu me pergunto; isto é o que?   Alguém tem mesmo o direito de prostituir alguém assim?   Ah!  É prostituição sim!   E não remunerada ainda por cima, porque se o pseudo-dono a aluga ele fica com toda a verba, mas vá lá, pode ser que ela goste de ser prostituta, mas neste caso não é BDSM, que aliás, está virando moda de forma totalmente 

  Que me desculpem os exagerados, talvez até doentes de querem apenas sofrer sem que isto lhes traga algum prazer, também os sádicos que tem prazer apenas causando sofrimento, que sim, são doentes e muitas vezes perigosos.   Eu não sirvo ao BDSM e ao sadomasoquismo,  me sirvo dele para meu prazer e do meu Dono (parceiro que amo e me ama), pois outra coisa que eu não consigo entender, é que alguns praticantes excluam da relação D/s o afeto, isto torna tudo mecânico e de um uma cena falsa e teatral e eu não confiaria minha vida, meu corpo e minha mente a alguém que não sinta nada por mim, como jamais me submeteria sem nada sentir.

  Então, digam o que disserem, TPE ou não, o limite dos direito de um Dono (a) fazer ou mandar, são determinados pela escrava (o), tolo é quem acredita que seja diferente, é estar de olhos fechados para o óbvio, a não ser que o submisso esteja preso sob alguma forma de chantagem, mas aí é caso de polícia.


   Então, amigos, o que de melhor eu posso dizer, é que seja como for a tua escolha, o que vale é dar e ter prazer, amar, ser feliz.  **Dorei**

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créditos:  Sophysticada

Quem deseja aprender a voar, deve primeiro aprender a caminhar, a correr, a escalar e a dançar. Não se aprende a voar voando.
Friedrich Nietzsche 

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