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quarta-feira, 4 de abril de 2012





Quero-te, num jogo sem regras,
Sendo absoluta em todos seus poderes.
Pois estando com fome, eu como até pedras,
E em todas as formas, busco todos os prazeres...
~
Gosto de sorver seu néctar, e me aprofundo,
Pois em sua flor, sou mais que língua e dedos.
Assim eu quero dividi-la em dois mundos,
Com o paradoxo, da coragem e o medo...
~
Concomitante, quero-a por traz e frente,
Tendo a carne de teus seios, e cheiro de sua nuca.
Ou talvez um algo mais que envolvente,
Como um alucinógeno, te botando maluca...
~
Sou o seu vassalo de lábios carnudos,
Então mande que lhe beije em qualquer lugar!
Assim desta forma, eles permaneceram mudos,
Mas inquietos, perdidos em seu paladar...
~
E se eu acabar lhe mordendo, não te assustes,
E só o começo, pois tenho atitudes extremas!
Então rasgue minha roupa, bata-me até que enfuste,
Marcando a pele, e sendo preso por suas algemas...
~
Assim os nossos corações estarão em forma acelerada,
E as pernas entrelaçadas, procurando o prazer!
Urrando e gemendo, entrando pela madrugada,
Como se fosse essa, a única forma de viver...
~
Arranha-me mil vezes, que mil vezes vou sangrar,
E outras mil vezes, eu vou querer me perder!
Entre tapas e beijos, nessa forma louca de amar,
Tão neurastênico, em seu modo de fazer...
~
Mas inortodoxo na forma que lhe chama,
Numa tara muito difícil de compreender.
Ardendo como o fogo de maior chama,
Na companhia da dor, há minha satisfação e prazer...


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