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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dominação 

Rasgo suas roupas leves, com punhalada de meu olhar,
estes seios incandescentes, esta pele seda suave.
Aliena minha mente; ceda aos meus instintos, colar de
coleira, mãos amarradas com versos novos.
Vendada, amordaçada, à beira de um ataque de delírio.

Sua boca, pinto com vermelho sangue, gotas de gelo derretem
em sua carne, coberta de cerejas, chantily, sorvete.
Sugo de canudinho mil sabores; a língua entrelaçada na sua;
suor escorre latente. Ninfa nua, supra-sumo de gente, mulher-delícia,
se enfeita de carícia, seivas, sumos, rócio, viço.
Nau sem rumo, vagueio por sua anatomia perfeita.

...rabisco seu corpo, com versos obscenos, te arrasto
para dentro de meu desejo maior; nos derretemos em gotículas
de prazer, denso, divino, extenso, hino de êxtase...

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