HETERA
SUBMISSA
Do
nada devassa, atirada ao chão;
Despojada
e nua entregue ao silêncio.
No
final do que é convincente ao ideal;
Minha
alma anseia pelos dentes da fera;
Sua
serva submissa,devota dessa dor.
Cheia
de charme entrego-me em suas mãos.
Ansiando
a força dos seus braços fortes.
Ardendo
em mim o queimor da vela,
pinga
em mim a gota derretida que promete,
prenda-me
no cárcere preparado.
A
harmonia entre a clausura é prazer;
Bebo
o sonífero silencioso, ouço o açoite.
Chibatadas
consolidam como cimento,
abrem
feridas nesse corpo estático.
Intrusa
em seu quarto sombrio sou ave sem voo.
Na
dissonância, gritos que ecoam longe;
Sem
segredos, vou lambendo o chão que pisa.
Escrava,
devota, atada em elos,
deixa-me
marcas do êxtase que ficou;
Seguindo
seus passos, me faça capacho,sua redenção!
Intrusa
estrela caindo em agruras;
E
hoje muda, antes de tudo, dou-lhe minha alma;
Pura
sem véu, sem hímen, coma minha carne.
Suja
de sangue, absorvido nas cordas;
Agora
meu senhor, encontra a minha pureza.
Hetera
e louca, feliz!Bebi todo seu corpo.
CRÉDITOS: (Brigit Cliodna)
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