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quarta-feira, 18 de julho de 2012


HETERA SUBMISSA















Do nada devassa, atirada ao chão;
Despojada e nua entregue ao silêncio.
No final do que é convincente ao ideal;
Minha alma anseia pelos dentes da fera;
Sua serva submissa,devota dessa dor.

Cheia de charme entrego-me em suas mãos.
Ansiando a força dos seus braços fortes.
Ardendo em mim o queimor da vela,
pinga em mim a gota derretida que promete,
prenda-me no cárcere preparado.

A harmonia entre a clausura é prazer;
Bebo o sonífero silencioso, ouço o açoite.
Chibatadas consolidam como cimento,
abrem feridas nesse corpo estático.
Intrusa em seu quarto sombrio sou ave sem voo.

Na dissonância, gritos que ecoam longe;
Sem segredos, vou lambendo o chão que pisa.
Escrava, devota, atada em elos,
deixa-me marcas do êxtase que ficou;
Seguindo seus passos, me faça capacho,sua redenção!

Intrusa estrela caindo em agruras;
E hoje muda, antes de tudo, dou-lhe minha alma;
Pura sem véu, sem hímen, coma minha carne.
Suja de sangue, absorvido nas cordas;
Agora meu senhor, encontra a minha pureza.
Hetera e louca, feliz!Bebi todo seu corpo.

CRÉDITOS: (Brigit Cliodna)

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