Aproxima-se a meia noite do dia 31 de dezembro e com ele as mil e uma simpatias: roupa branca, roupa íntima nova e amarela, lentilhas na ceia, pular sete ondas no mar, não comer nenhuma carne de ave, pois elas ciscam para trás, comer sete sementes de romã e guardá-las na carteira, entrar no ano com o pé direito…enfim…cada um de nós comemora a entrada do novo ano segunda suas crenças e tradições.
Eu sempre comemorei a passagem do ano na praia, assistindo a fantástica queima de fogos em Copacabana, brindando com champanhe, levando flores e perfumes para ofertar à Iemanjá, pulando as sete ondas, com certeza, e, partilhando com amigos a romã e suas múltiplas sementes.
Adoro romã. Acho linda sua história ligada às antigas tradições e à mitologia.
Adoro romã. Acho linda sua história ligada às antigas tradições e à mitologia.
A importância dessa fruta é milenar. Ela aparece nos textos bíblicos e está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos consideravam-na como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo.
Quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os 12 espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová lhes prometera.
Ela estava presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
Na Grécia, a romã era um atributo da deusa Hera e de Afrodite. Na Ásia, a semente aberta da romã expressava o desejo, quando não a própria vulva. Na índia, as mulheres bebiam o suco da romã para combater a esterilidade.
Quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os 12 espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová lhes prometera.
Ela estava presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
Na Grécia, a romã era um atributo da deusa Hera e de Afrodite. Na Ásia, a semente aberta da romã expressava o desejo, quando não a própria vulva. Na índia, as mulheres bebiam o suco da romã para combater a esterilidade.
Perséfone foi “coagida” a comer a doce semente de romã, que Hades astutamente lhe colocou na mão.
É que esta semente, consagrando quem a come aos deuses infernais, simboliza também uma doçura “maléfica”. No contexto do mito, a semente de romã poderia significar que Perséfone deixou-se sucumbir pela sedução (e afinal, comeu por que bem quis), pois de certo não ignorava que “quebrar o jejum” era a grande lei do Hades. Quem quer que o fizesse, jamais regressaria ao mundo dos vivos.
Os sacerdotes e sacerdotisas de Deméter, em Elêusis, coroavam-se com ramos da romãzeira, mas nenhum iniciado podia, em hipótese alguma, comer-lhe o fruto, porque, símbolo da fecundidade, possui a faculdade de fazer com que as almas “mergulhem no cárcere do corpo”.
Perséfone, que antes do rapto era Coré, a “semente”, torna-se também estéril. Entretanto, o paradoxo é apenas aparente, pois a lei permanente do Hades, prevalece sobre o prazer efêmero de haver saboreado a “doçura” da romã.
Entretanto, o mundo subterrâneo não é apenas o depósito dos “eidola” ou sombras dos mortos. Longe disso: escondidas nas profundezas da Terra estão as sementes por germinar, o que ainda é um símbolo de fecundidade… Perséfone tornou-se a Rainha do Hades e lhe conhece todos os caminhos por causa da romã que, neste caso, pode ser considerada um símbolo do Conhecimento Oculto. Talvez por isso, Giotto tenha retratado Dante, a segurar uma romã…
É que esta semente, consagrando quem a come aos deuses infernais, simboliza também uma doçura “maléfica”. No contexto do mito, a semente de romã poderia significar que Perséfone deixou-se sucumbir pela sedução (e afinal, comeu por que bem quis), pois de certo não ignorava que “quebrar o jejum” era a grande lei do Hades. Quem quer que o fizesse, jamais regressaria ao mundo dos vivos.
Os sacerdotes e sacerdotisas de Deméter, em Elêusis, coroavam-se com ramos da romãzeira, mas nenhum iniciado podia, em hipótese alguma, comer-lhe o fruto, porque, símbolo da fecundidade, possui a faculdade de fazer com que as almas “mergulhem no cárcere do corpo”.
Perséfone, que antes do rapto era Coré, a “semente”, torna-se também estéril. Entretanto, o paradoxo é apenas aparente, pois a lei permanente do Hades, prevalece sobre o prazer efêmero de haver saboreado a “doçura” da romã.
Entretanto, o mundo subterrâneo não é apenas o depósito dos “eidola” ou sombras dos mortos. Longe disso: escondidas nas profundezas da Terra estão as sementes por germinar, o que ainda é um símbolo de fecundidade… Perséfone tornou-se a Rainha do Hades e lhe conhece todos os caminhos por causa da romã que, neste caso, pode ser considerada um símbolo do Conhecimento Oculto. Talvez por isso, Giotto tenha retratado Dante, a segurar uma romã…
Leitura Recomendada
Brandão, J.S.; Mitologia Grega, 2a. Edição, Volumes I-III. Editora Vozes, Petrópolis, 1988. Campbell, J; Moyers, B; O Poder do Mito, 1a. Edição. Editora Palas Athena, São Paulo, 1990. Chevalier, J.; Gheerbrant, A.; Dicionário de Símbolos, 3a. Edição. José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1990
Brandão, J.S.; Mitologia Grega, 2a. Edição, Volumes I-III. Editora Vozes, Petrópolis, 1988. Campbell, J; Moyers, B; O Poder do Mito, 1a. Edição. Editora Palas Athena, São Paulo, 1990. Chevalier, J.; Gheerbrant, A.; Dicionário de Símbolos, 3a. Edição. José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1990
O fato é que, debulhar uma romã é um exercício de encanto. Os grãos de vários tons de vermelho parecem pequenos rubis ou granadas que vão emergindo a tona da polpa macia à medida que nossos dedos buscam, delicadamente, por essas pequenas jóias suculentas.
E, para finalizar, deixo aqui, de presente para vocês, uma receita que sempre faço para tomar na noite de passagem do ano. Experimentem! É pura delícia!
Romã com Vinho do Porto
Romã: 500 g (previamente separada em bagos)
Vinho do Porto: 1 copo (200 ml)
Água: 2 copos gelada (400 ml)
Limão: 1 casca (casca de 1/4 limão)
Açúcar: 100 g (branco ou mascavo)
Vinho do Porto: 1 copo (200 ml)
Água: 2 copos gelada (400 ml)
Limão: 1 casca (casca de 1/4 limão)
Açúcar: 100 g (branco ou mascavo)
Modo de fazer:
Limpar previamente as romãs, isto é, separar os gomos.
Juntar as romãs com o açúcar e a casca de limão.
Mexer com delicadeza, para não desfazer os gomos.
Acrescentar o Vinho do Porto, e misturar.
Juntar finalmente a água, bem gelada.
Servir no máximo 4 horas após a confecção, mas, o ideal e servir em seguida.
Tim Tim!
(Ludmila)
Juntar as romãs com o açúcar e a casca de limão.
Mexer com delicadeza, para não desfazer os gomos.
Acrescentar o Vinho do Porto, e misturar.
Juntar finalmente a água, bem gelada.
Servir no máximo 4 horas após a confecção, mas, o ideal e servir em seguida.
Tim Tim!
(Ludmila)
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