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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Céu da boca
 

Quisera nomear-te
Mas não posso
Anjo clandestino
Que, com as trevas, me envolve
Em transparentes asas
E ronda o coração da noite
(e o meu)
Deslocando o sono
Para os abismos obscuros da paixão,
Semeando sempre estrelas
No céu de minha boca.

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