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quinta-feira, 19 de maio de 2011

A OUTRA

Ela acordou nua e percebeu estar no meio de um enorme e luxuoso salão, de certo, pertencia a ala nobre de uma mansão opulenta, pensou. Um chandelier de cristal iluminava a sua cama e refletia luz suficiente para decifrar algumas formas na escuridão. Ela era incapaz de mensurar a dimensão do cômodo que lhe aprisionava, a não ser por uma outra cama ao fundo, que era igualmente pouco iluminada.
Estava amarrada. O leito era forrado de cetim vermelho sangue, suas mãos atadas acima da cabeça estavam frias. Suas pernas presas, trêmulas e escancaradas expunha a sua boceta seca. Gemeu de desconforto, mas fora ignorada. Alerta, escutou um grunhido sufocado que suspeitava vir da cama ao fundo, o som lembrava uma orgia, identificou um gemido isolado que sucedeu uma chicotada inflamada em carne nua. Uma onda de pânico tomou sua alma, mas resolveu esperar, imóvel e aflita.
Vinte e sete. Era esse o número que não saia de sua cabeça, olhando ao redor esforçava-se em buscar a sua última lembrança. Sim, ela sabia, ela sabia de fato que seria a próxima. Seria oferecida para vinte e sete homens, e, que este era o seu desejo ou um preço à se pagar. Se desejo fosse, seria o mais depravado e o último deles.
Rendida se entregou á espera, que fora interrompida pelo silêncio seguido de passos em sua direção. A luz que lhe iluminava, se intensificou, ressaltando a sua pele alva e o vermelho dos seus mamilos eretos. Na mesma proporção a escuridão se expandiu limitando sua visão somente para o diâmetro da cama acetinada. Prendeu a respiração momentaneamente, até sentir a presença dos vinte e sete homens ao seu redor. Ameaçou falar, mas logo foi repreendida com um gag enfiado á força em sua boca. Estava sozinha, exposta e rodeada de muitos. Estava vulnerável como jamais esteve. Estava gostando.
O som abafado dos gemidos havia cessado, e fora substituido pela estimulação umida da masturbação simultanea de vinte e sete caralhos. Sentiu a proximidade de alguns ao ser tocada, analisada e cheirada. Sua boceta respondeu deixando marcas umidas no lençol, sim , estava molhada e cada um lhe enfiava o dedo para apreciar o seu gosto. Mesmo amordaçada, gemeu em súplica para ser fodida, ao invés, entretanto, sentiu o seu rosto arder de um tapa que não antecedeu. Sem emitir nenhum som, estremeceu, lacrimejou e cedeu ao seu papel de protagonista de um espetáculo que não compreendia.
Aguardou tesa e inebriada pelo aroma de tantos caralhos à sua volta, esperava pelo momento que seria coberta de porra. Porra de muitos. Desejava misturá-la e introduzí-la em todos os seus orifícios. Mas, não pôde se conter, a vibração oscilante das punhetas em conjunção com as respirações ofegantes, fizeram as suas entranhas se contorcerem, sua boceta latejava e seu corpo se revirava em agonia. Agora, ela precisava ser fodida, e queria todos eles dentro dela. Desafiando em protesto, resolveu chantageá-los e fechou as pernas.
Os vinte-e-sete, se foram, um por um. Abandonada e confusa sentiu o frio do cetim, sentiu a luz limitada que trazia a escuridão e novamente escutou um som abafado, desta vez porém, de vários homens à gozar. Na cama de outra.

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