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quarta-feira, 16 de junho de 2010

"FISTING" experiência no extremo do sexo.


Quem tem medo de fistfucking? Muita gente, por incrível que pareça. A idéia de uma mão inteira numa vagina ou no ânus é coisa que dá arrepios a muitos, que não podem sequer admitir a coisa, mesmo quando só documentada em vídeo. Mas na onda da liberação, que pouco a pouco vai abrindo corações e mentes, o prazer da extrema dilatação e profundidade vem tendo cada vez mais adeptos. De desconhecido, já se tornou papo de cama entre pares. Fisting vem de do inglês, "fist", que quer dizer pulso. O verbo (uma gíria) pode ser traduzido como a prática de se enfiar a mão toda na vagina ou no ânus da parceira/o "até o pulso". Basicamente é a exploração manual da vagina,do reto e do "trato digestivo" da parceira/o como uma proposta de busca do prazer entre dois adultos. Ela vem se introduzindo cada vez mais na cama dos brasileiros, graças principalmente à Internet, que escancarou o "esporte" ao mundo inteiro. Na esteira da globalização, os costumes "extreme-sex" da Europa e dos Estados Unidos ganham, então, cada vez mais adeptos.
Fisting ou fistfucking, a manipulação da vagína, útero, canal do ânus, do reto e talvez do cólon, com a mão, o antebraço e talvez mais ainda, pode parecer nada prazeroso ou mesmo bastante desconfortável às iniciantes. Aí, a questão é saber o que se quer mesmo e insistir, ir em frente. Cada um deve ir testando e assim determinando seu próprio limite durante esta espécie de noviciado. Embora alguém possa ser privilegiado pela anatomia neste quesito, com uma vagina ou caixa retal grande que ajude, invariavelmente é mais a vontade e a descoberta do próprio corpo que fazem a boa fistee, muito mais do que do que a anatomia. Querer, aqui, é foder.
Muitas mulheres tem mais facilidade para a prática após o parto, já que é notória a diferença anatômica que o corpo feminino sofre com a gravidez. E nem há a obrigatoriedade de o parto ter sido natural, pois a dilatação para a passagem do bebê se dá mesmo com a eventual realização do parto cesariana, já que o corpo se preparou para a passagem do bebê pelo canal vaginal. Para quem é fissurado em prazer anal, curte brincar com o rabo da parceira e quer cada vez mais e maior, é a nova (velha) grande onda. O Fistfuck permite uma altíssima sensação de prazer para os que procuram prazeres extremos em termos de sexo. A dilatação e a profundidade alcançadas - quer na vagina ou no ânus - podem surpreender quem está chegando agora. A prática gradual pode permitir aberturas a ponto de acomodar um bom braço até o cotovelo ou mesmo mais. Praticantes já bem experientes recebem sem problemas duas mãos ou braços, em Fistings duplos que podem permitir mais de dois parceiros na parada.
Existem técnicas preliminares especiais de relaxamento aplicadas na vagina, no ânus e ao reto, facilitando a prática, notoriamente o uso de dildos ou plugs anais, espéculos, alargadores dos mais diversos... Na inserção da mão deve-se usar luvas de látex para evitar contaminação por doença ou AIDS e ter treino antes da prática para que não haja risco de lesão dos esfincteres, o interno e o externo. Usar lubrificante que não seja a base de água, pois ressecam-se rapidamente e lubrificantes que não destroem o látex das luvas e camisinhas. Cortar as unhas e lixar antes de introduzir a mão. Não beber álcool ou usar drogas antes da prática para não perder a sensibilidade.
Para que entendamos um pouco melhor o fisting, precisamos também entender melhor a anatomia das partes envolvidas na prática... Sobre a anatomia do canal anal, que é uma região anatômica do reto que, por sua vez, é a parte final do intestino. Para visualizarmos o que seria o canal anal, temos que imaginar uma garrafa de ponta cabeça. Desta forma, o corpo da garrafa seria o reto. A parte mais estreita seria o canal anal e o gargalo, a boquinha da garrafa, seria o que chamamos de anel anal. Isso é importante para entendermos que ânus é um termo amplo e tem muitas estruturas envolvidas. O canal anal inicia no anel anal, que é a abertura que vemos entre as nádegas.
Este anel é formado pela compressão voluntária de um esfíncter feito por musculatura estriada, em forma de anel mesmo, que circunda essa parte do reto e denomina-se esfíncter externo. Nós temos o controle desse esfíncter, embora ele tem uma regulação além da nossa vontade, isto é, fica contraído por reflexos. Internamente a parede do reto, temos uma musculatura que, nos 4 ou 5 últimos centímetros, se especam, formando o que chamamos de esfíncter interno e é controlado por reflexos locais, sem o nosso controle voluntário. Este esfíncter é diferente do esfíncter externo, pois não é em foram de anel, seria mais especo, de 4 cm, e funciona como se fosse uma espiral e não como um anel, ou melhor, vários anéis, lado a lado e que se contraem simultaneamente ou não, que mantém os 5 cm finais do reto, mais estreitados, quase que fechados. Esta parte do reto mais estreitada é que denominamos de canal anal. Acima do canal anal, temos a parte mais alargada do reto. Próximo ao canal anal, no reto, temos receptores barométricos que detectam a pressão interna do reto, pela presença das fezes em seu lúmen. Esses receptores estimulados, levam mensagens automáticas para estimular a musculatura do esfíncter interno e desta forma, contrairá e impedirá a entrada de fezes no canal anal. Desta forma, teoricamente, o canal anal está sempre limpo de fezes e se fizermos um toque com os dedos, nos 4 ou 5 cm não encontraremos fezes. Quando fazemos mais pressão para defecar, criamos um reflexo de defecação e, voluntariamente, relaxamos o esfíncter externo e automaticamente, por reflexo o interno, e as fezes atravessa o canal anal e acontece a defecação. Quando temos uma lesão que rompe o esfíncter interno, ainda temos como controlar as fezes pelo esfíncter externo, mas sempre, no canal anal, teremos fezes, pois não há mais o esfíncter interno. Se por algum trauma rompemos o esfíncter externo e interno, ai não temos a recuperação cirúrgica e teremos perda involuntária de fezes. Desta forma, para se fazer o fisting ou qualquer penetração anal, devemos relaxar o esfíncter externo e para isso, fazemos força, como se fossemos evacuar. Aumenta-se a pressão no reto e o reflexo faz o relaxamento dos dois esfíncter. Por isso, muito preferem realizar a lavagem intestinal por enemas. Uma preocupação a se levar em consideração é que o colon e o reto-segmoide produzem muco para lubrificação e proteção da camada interna do intestino, chamada de mucosa. Se fazemos uma lavagem intestinal intensa, estaremos retirando esse muco e deixando a mucosa mais exposta e lesões e infecção, já que o intestino tem bactérias ou vermes normalmente. Muito preferem fazer essa praticam sem o inconveniente das fezes e preferem fazer a lavagem, outros não se importam e mantém o intestino com seu muco. Os riscos do fisting anal são muitos, mas o principal é o rompimento dos esfíncteres, pois não tem reparo se rompido. Usa-se uma prótese no lugar do anel anal. Outros riscos menores são infecções, lesões, traumas e inflamações. Temos que considerar que o intestino e a saúde de quem vai levar o punho é boa, que não possua hemorróidas, fissuras, pólipos, ou outras patologias intestinais.
O fisting vaginal é uma prática mais fácil, pois não envolve os esfíncteres anais... mas nem por isso deixa de ter as suas dificuldades. A vagina é composta pelos grandes e pequenos lábios e o canal vaginal, envolvendo no seu curso final a base do útero. O canal vaginal é composto de um tecido mucoso, contornado por um anel de músculos poderosos. Estes músculos são os que auxiliam na expulsão dos bebês nos partos. Algumas mulheres possuem a capacidade natural de manobra destes músculos, apreendendo objetos com a vagina, ou expulsando-os (até com alguma força ou potência!). Outras, com a prática e exercícios, aprendem a fazê-lo. Esta técnica é conhecida popularmente como "pompoarismo" e pode ser uma grande auxiliar na prática do fist fucking...
Uma dúvida muito comum é a de, uma vez feito o fist fucking pela vagina, onde cabe uma mão toda e até um punho? O canal vaginal é notoriamente conhecido pela sua capacidade de adaptação e dilatação, sobretudo quando a mulher encontra-se excitada. Contudo, vale relembrar, a lubrificação é importantíssima no fist fucking. A falta dela também gerará de microfissuras à fissuras importantes de mucosa vaginal, que podem levar à infecções. O fister experiente sabe detectar os pontos de resistência e ultrapassa-los, usando para isso de manobras feitas com a mão e o punho, estreitando-os para a passagem em pontos mais delicados e adaptando-se assim à fisiologia do órgão. No fisting vaginal, não temos contato com as paredes do utero, mas sim com o colo do utero e tomados os cuidados devidos, não acarreta problemas para pessoas que não estejam grávidas. O maior cuidado à se tomar no fisting vaginal é com o cólo do útero, região muito sensível. Como qualquer ferimento tende à ter uma cicatrização difícil nesta região, não é incomum que os ferimentos alí tenham de ser cauterizados (!) para fechar... por isso, todo o cuidado, sobretudo com uma lubrificação muito boa e o uso de luvas é pouco... Por onde passa a cabeça de um bebê pode, facilmente, passar uma mão inteira, o punho, o pulso e mesmo uma parte do antebraço. Claro, existem incontáveis variações anatômicas que tornam algumas mulheres "fistees" naturais enquanto que para outras tal prática pode ser muito dificil. Ma não há registros de uma total incapacitação anatômica para tal que não seja considerada uma anormalidade de formação... ou seja, qualquer mulher anatomicamente "normal" poderá fazer fisting vaginal, ainda que com dificuldades .
No fisting em geral, para se chegar a uma dilatação boa para a penetração do punho requer-se treinamento de fistees e fisters e pode chegar a 2 anos de preparo. Existem aparelhos médicos, chamados de velas, para iniciar a dilatação, mas não existe tamanhos tão grandes quanto punhos. Outra dúvida muito comum entre os não iniciados é a de se achar que, uma vez que ceda a musculatura, esta não voltará mais ao normal... Bem, como já vimos anteriormente no texto, ela volta ao normal, de poucos minutos à algumas poucas horas após o término do ato . Se não voltasse ao normal não seria considerada uma prática BDSM também, já que não seria segura e nem saudavel. Mesmo a prática do fisting no ânus, que notoriamente não tem a mesma elasticidade da vagina, é segura sim... o ânus volta ao normal. Mas, como toda e qualquer prática sexual e / ou BDSM, HÁ LIMITES...
Quem pratica, diz que o termo Fisting está cada vez mais em desuso. Fister Guy, nick de um fistfucker paulista que participa de sessões privadas onde as/os convidadas/os levam e enfiam mãos e braços no rabo, explica: "O termo mais do momento é "foda de punho", aportuguesada mesmo. O que se procura é uma conexão mais afetiva e espiritual, de comunicação entre os casais pela sujeição e exploração do corpo do parceiro, numa atitude mais de comunhão", explica. "As palavras Fisting e fistfuck estão um pouco carregadas de violência e dominação, uma coisa mais do pessoal que curte SM (sado-masoquismo)", algo com cara de importado, colonizado," conclui, em sua opinião. "A foda de punho" está mais ligada ao pessoal "Extreme" (de extreme-sex), que não precisa ser necessariamente sado-masoquista.
O Fisting permite sensações de prazer muito mais intensas do que qualquer outro tipo de penetração (como com um pau, por exemplo), como sentir realmente o interior da parceira/o e a manipulação vaginal, do útero ou da próstata.
" - cheguei quase a pegar os ossos da bacia da minha namorada" declara, exaltado, DeepPig, um fister de São Paulo que tomou contato com a prática na Holanda, onde não é tão incomum. "mas o melhor é a conectividade, é a ligação entre os parceiros em contato muito profundo, parece coisa de outro mundo", continua. "É a coisa mais próxima de parir", brinca um outro participante paulista, Razor. Seja o que for, a excitação é realmente bastante intensa. Todas/os participantes sempre falam das gozadas abundantes, tremendas, um êxtase muito maior e gratificante do que já os que experimentaram nas trepadas ditas "normais". "Há uma ligação não apenas corpórea, mas de alma,um sentimento de saber que existe alguém se dando para você, ali, disposto a partilhar algo realmente diferente, de grande entrega", desfecha Deep Pig.
Técnica e tempo de prática são tudo. Uma das dicas mais básicas está em "sentir por onde é a entrada" da parceira, que nem sempre está "seguindo em frente". Isto pode exigir do fister posições complicadas durante o processo de acomodação da mão. Outra dica é respeitar o timmimg e a disposição da fistee para tal. Há dia em que tudo rola legal, noutro a coisa já não responde tão bem assim. É mais do que normal perguntar; isto não é perigoso? "É e não é" responde a maioria. O grande risco é o trauma, machucar enquanto se esfrega e comprime a mão na vagina ou no reto, podendo arranhar e espetar os delicados tecidos vivos destas regiões (são mucosas muito sensíveis). Por isso, forçar é o maior pecado e paciência a maior das virtudes. Isto é evidente quando se vê que grande parte dos acidentes ocorrem com novatos e pessoas que não têm uma noção muito certa dos seus limites. Um/a passiva/o em Fisting deve selecionar muito bem seus parceiros.

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