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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Do nada,

vem o silêncio que nos ensurdece.
É o momento
que o poeta descansa.
É o tempo que poucos ouvem,
do silêncio.
pedra atirada n´água
estrela caindo do céu
letras, brincando, sem véu.
O surgimento consolidado,
como cimento.
Mas, antes de existir luz e escuridão,
houve o silêncio, sem permissão.
houve o silêncio.
sonífero do tudo…
das pedras
das estrelas
das letras.
Quando se foi o silêncio
intruso passageiro
se foi o ouvir.
Do tudo,
vem o som que nos emudece.


CRÉDITOS: Sandra Barbosa

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