O RECOMEÇO

Recomeçar não é tão fácil quanto possa se imaginar. O recomeço é uma tarefa difícil para quem experimentou o gosto amargo da perda. É difícil recomeçar quando se perde a coleira do Dono, tenho percebido muito isso em conversas no MSN, e por isso resolvi escrever um pouco do que tenho percebido nestes momentos.

Em meio às circunstâncias desanimadoras, o recomeço exige vontade, renúncia, é preciso engolir o orgulho, reconhecer os erros, e saber como recomeçar.
A vivência no BDSM quando vivida intensamente exige a entrega emocional e isso conta muito neste momento de perda e recomeço, o momento é delicado e você precisará do apoio e do diálogo para não sair emocionalmente abalada, além do sentimento de tristeza normal, por isso, sempre que possível os relacionamentos BDMS, devem ser terminados em comum acordo, onde cada um reconhece seus erros e o seu momento, é preciso ser verdadeiro consigo mesmo, ainda que diante de tantos sentimentos presentes.
Lembremos sempre, que a saúde mental jamais deve ser coloca em jogo, o equilíbrio entre a razão e emoção, devem estar lado a lado, sempre. BDSM não é, e nunca será lugar para as pessoas que procuram superar carências afetivas.
Tão importante quanto o recomeçar, é saber como e quando recomeçar.
É preciso refletir, avaliar como se deram os erros e os acertos das relações vividas até aqui, é preciso se auto-avaliar sem cair na melancolia, aproveitando a oportunidade de buscar a verdade em si mesma daquilo que busca viver.
Pensar antes de agir é um grandioso passo para lidarmos eficazmente com o recomeço. E quando pensar em recomeçar, jamais comece sem antes buscar a humildade.
Seja humilde na iniciativa diante do recomeço, seja atencioso ao escutar, ser atencioso ao escutar é fundamental, a probabilidade de acertar ao tomar suas decisões será muito maior e poderá evitar momentos desagradáveis.
Se você costuma falar mais do que escutar, pare, não pense que já sabe tudo porque já viveu outro relacionamento, porque já pertenceu a outro Dono.
Na maioria das conversas, logo percebo a relação voltada a viver mais o sexo do que a submissão, uma realidade muito mais quente e aconchegada, tão exigente em termos de auto-confiança e força emocional, tão requintadamente satisfatória que muitas submissas debatem-se, por vezes de modo recorrente, com a questão de saber se os seus gostos sexuais e sociais refletem uma entrega real, porém só se da conta quando a ato da perda em si acontece.
É preciso força, coragem, seja transparente e fiel consigo mesma, assim será possível Recomeçar, é possível, preciso e somos capazes.




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