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quinta-feira, 9 de junho de 2011

DEVANEIOS DE UMA CADELA!

 

Alguém me telefonou; me mandou dar um jeito e ir pra Curitiba. Disse que eu só saberia o que ia acontecer, quando estivesse lá. Que eu apenas confiasse. Fiquei atônica, mas, peguei um vôo até lá. No aeroporto, tinha alguém me esperando, a pedido dele. Esse alguém me levou até um hotel/pousada, sei lá... sei que tudo tinha sido providenciado... (parecia um sequestro consentido)
Havia uma carta sobre a cama, com instruções. O que eu devia fazer, como uma lista de tarefas... O que eu devia comer, beber e também o que eu devia vestir e como devia esperá-lo. Eu estava assustada.
mas... de certa forma fazia tudo, com destreza, como se soubesse exatamente no que isso ia dar. Era como se meu corpo tivesse vontade própria.
Fiquei algumas horas no quarto cumprindo as tarefas  e me preparando para o encontro. No horário marcado desci, pra esperá-lo no restaurante.
O esperei por alguns minutos... creio que ele estava em algum lugar me observando. Ao menos eu me sentia observada.
Um toque de leve em  meu ombro. Quando eu tentei me levantar, ele se abaixou, me beijou a boca, mesmo estando às minhas costas, e disse em meu ouvido: " vá até o banheiro e traga para mim o que está usando por baixo do vestido..."
Eu parecia estar no "piloto automático". Era uma sensação aterrorizante e ao mesmo tempo, muito excitante!
Eu não precisava pensar, só fazer. (estremeço,  só de lembrar)
Voltei com a bendita lingerìe escondida na palma da mão; entreguei a ele. Nos sentamos à mesa, com seu olhar, entendi que era minha a deixa pra fazer o pedido ao garçon. Ali, apenas beberíamos. Ele apenas me observava. Sorria. Mas não dizia nada. Era uma conversa muda... só de olhares. E as pessoas a nosso redor também nos observavam. E não sei pq, eu não me incomodava com isso.
Parecia hipnose, mas eu estava consciente de tudo.
Dali, me tomou pela mão, entramos no carro e seguimos para um lugar diferente, parecia uma cabana. Um lugar rústico, sem nenhum luxo.
havia algo no chão, tipo um tatame. Nenhuma cama. Apenas uma mesa e uma cadeira.
Luz de lamparina...
Me falta o ar só em lembrar. Ele me toma novamente pela mão, me permite registrar com os olhos o ambiente e então me venda. Ao meu ouvido, diz que eu apenas confie e siga meus instintos.
Caminho atrás dele, guiada pela mão. Me põe de joelhos, me dá  incontáveis tapas no rosto, entremeando-os com beijos na boca... nos beijos, também recebo mordidas. Sinto meu lábio inferior sangrar... Meus lábios doem, mas a dor é misturada a um prazer desconhecido pra mim.
Mais tapas, e eu sinto que me beija com fome, e prazer. Não sei bem como reagir. Apenas retribuo os beijos e ofereço a face pra que ele continue. Lágrimas agora já se misturam ao gosto do sangue em meus lábios e isso parece excitá-lo ainda mais. Seus beijos se tornam mais sôfregos.
Segurando agora meu rosto com as mãos, desce sua boca por meu pescoço... e me morde com força.
Então, sentindo minha respiração sumir,  ele pára!
Levanta-se e me deixa algum tempo ali, de joelhos, vendada. Ofegante e resignada, eu espero. Receio? Temor? não sei...
Quando ele volta... me beija novamente... mas agora, sinto o frio de algo tocando minha pele... e assim,  acaba  minha suspeita, repentinamente, rasgando meu vestido! Nua... diante dele, sinto agora sua mão explorando todo o meu corpo. A princípio não é prazer que sinto e sim medo, pela condição em que me encontro. Cuidadosamente ele me tira os sapatos... já que por sua ordem não estou de brincos nem nada... já tirou meu vestido e agora, substitui tudo por um par de algemas em meus pulsos.
Me deita de barriga pra cima... no chão... me explora o sexo... me bate... (sinto beliscões nos seios) e então... me puxando pelo cabelo me põe de quatro. E nessa posição, minha boca engole o seu sexo. Me mantém na mesma posição e segue me puxando os cabelos com força, me acariciando o rosto...
Me chama de cadela, de vadia, de puta... Me chama de SUA!
"De agora em diante, seu gozo, só com minha permissão", ele diz.
Estou algemada, ele então, lança meu rosto ao chão... Me possui, ali mesmo... freneticamente... de um jeito que eu não julguei capaz, mas confesso, sempre foi meu desejo. Havia paixão em sua maldade. E a paixão já não era só pelo que ele fazia, mas por quem sofria suas torturas. Desfaleço ali, após um gozo que eu nunca tinha provado. E então, tudo ficou claro...
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Sei que eu o conheço, mas não sei de onde. Não sei se já nos vimos. Seu rosto é diferente, mas, ao mesmo tempo é tão familiar...


CRÉDITOS: pérola negra

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