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quinta-feira, 9 de junho de 2011

UM CONTO, ENTRE DOIS PONTOS



Certo dia, ele veio me procurar, e dessa vez, havia algo na voz dele, que fez diferença pra mim. Sempre me defendi de seus encantos, mas nesse dia, não pude me furtar a oportunidade de saber como seria ter as promessas dele cumpridas.

Telefone toca, atendo... ele me conta que está a 20 minutos da minha casa. "... quero te ver, só pra um beijo, se você preferir assim..." diz rindo. Poxa, vinte minutos! Eu digo sim. Na verdade quero mesmo saber onde isso dará. Corro pro banho, não há tempo pros sais habituais. Passo o hidratante e me maquio. Visto um jeans e blusinha... uma sandália e voìla! Me perfumo, aproveitando os pontos estratégicos do meu corpo. Já pré-determinando o caminho do olfato dele...

"... Está pronta? Estou à sua porta."  Caramba! Quase não acredito que deu tempo, de ainda descer com cara de "despreocupada"...
Ele abre a porta do carro para mim, sorri me beijando os lábios. Retribuo o sorriso. E o beijo é um prenúncio. Íamos a um barzinho, conversar e "namorar" um pouco. Algo o faz mudar de idéia no meio do caminho. Ele desvia para o supermercado e me pede que o acompanhe. De posse de uma cesta, ele visita prateleiras como se tivesse um mapa do lugar... e vai escolhendo. Sorrindo me diz que é só um "agradinho" para mim.

Seguimos agora pro seu apartamento (o que só descubro quando finalmente chegamos).


Me serve um taça de vinho, por saber que eu aprecio e me acomoda em sua sala. Enquanto isso, o ouço indo para lá e cá, na cozinha... Ele está a me preparar o jantar! Uau!
Taí uma coisa que poucas vezes provei: jantar feito por homem.
Um assado deliciosamente preparado, e acreditem ou não, sem nenhuma bagunça na cozinha... (risos)

Ele me serve, e se assenta comigo à mesa. Uma bebida bem escolhida para acompanhar a carne, e entre uma garfada aqui e ali, prosseguimos numa gostosa conversa.
Jantar terminado... passamos para o sofá. A conversa tomando um rumo novo, delicadamente.

Ele coloca smooth jazz pra tocar... e se ausenta por alguns minutos. A música, somada a todos os detalhes daquela noite, criava o clima perfeito para que tudo fosse muito bem aproveitado.
Eu de olhos fechados, no sofá, nutrindo meus ouvidos de boa música, apenas sinto os lábios dele tocarem os meus. Fui pega num beijo longo, demorado... e delicioso. Quando abro os olhos, vejo aquele mesmo homem, agora de cabelos molhados... ainda mais cheiroso, recém-saído do banho...


Sim... aquele beijo deu lugar a outro, e a outro, e outro, e outro... até que já não estávamos mais na sofá e sim no tapete. Os corpos deliciosamente se procurando... com uma fome sem fim... e do tapete, pra mesa, dois dominantes se devorando, apenas, respondendo aos próprios instintos.
E conforme nos deixávamos livres pra fazer o que desse vontade, mais prazer dividíamos. O sexo era selvagem, na proporção em que havia desejo, e carinhoso, na proporção em que nos queríamos... o ritmo era ditado por ambos, silenciosamente. E havia cumplicidade. Não havia frescura. Eu o mordia os lábios, enquanto entrelaçava nele minhas pernas, prendendo-o na cintura. Em seguida era ele quem me dava tapas e mordidas pelo pescoço, ombros e seios. Me possuia com uma fome extraordinária, e eu não senti vontade de impedir. Ao contrário, a fera que há nele, instigava e amansava a minha, na mesma proporção.

Eu o prendi braços e pernas separados na cama, deixando-o como num X. Explorei seu corpo com mãos e boca. Ora acariciando, ora torturando, e sentia sua respiração ainda mais ofegante. O que era feito parecia comum e natural, mas as reações eram as mais diversas. Ele não ficou impassível a nada. E cada ação minha desencadeava outra nele... e vice-versa.
Nos amamos ali, feito dois animais... astutos... famintos... perigosos... selvagens.

Eu o tive dentro de mim por tantas horas quantas foram necessárias para aplacar todo o desejo e esgotar as energias. Ele me levou à banheira. Nos banhamos juntos. E cúmplices, dormimos.


Fui acordada por ele, na manhã seguinte, trazendo uma bandeja consigo: com o corpo pesado e lento por causa da maratona da noite anterior, tento esfregar os olhos, a fim de despertar e me assusto: estou acorrentada,  pulsos e tornozelos presos!!! Eu o olho nos olhos com certa fúria, fúria que ele destrói com um belo sorriso e um beijo na boca: " está com fome? Trouxe meu café da manhã para comer em você..."

CRÉDITOS: pérola negra

2 comentários:

  1. adoreii.

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    .......(. .:(_):...)
    .........`._.-._,'
    ..petbeijos!`

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  2. bOM DIA PET, OBRIGADO PELA VISITA E PELO COMENTARIO. ESTE CONTO É DA PÉROLA, UAI TAMBEM....BJS

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