doce (de)leite
Sede...
de tanta coisa. Sede de você. De tudo o que flui de você... do teu amor, do teu calor,
dos teus fluídos...
Sede e fome... duas necessidades básicas que quando se referem a você, se fundem.
Se fundem e confundem, meu desejo... que na verdade só sabe que quer você.
Gosto, cheiro, som, calor... sabor, aroma... palavras, sensações...
O líquido denso, mas claro... cheiroso e específico, que eu faço brotar de você naquele
momento, é puro egoísmo.
Eu preciso do seu leite... tanto quanto você precisa me alimentar dele.
E no meu egoísmo, trago à tona as tuas necessidades.
Você agora tem sede também... e desejo, e desepero, e feito adolescente precisa me absorver...
Minha boca, meus seios, meu ventre, minha fenda... tudo se torna desespero pra você, meu menino...
E pra mim, não é diferente.
Nessa loucura, a explicação é a necessidade que temos um do outro. Sua fome é de peitos e lábios, enquanto a minha é de falo...
Quando enfim, te tenho dentro, firme, faminto, forte, sinto que a morte se aproxima...
É isso, estou a morrer. Mas é um desfalecer doce, pois, desfaleço de amor.
"... paixão assim, não acontece todo dia..."
Pérolanegra
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