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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ELA ESTAVA EM CASA


Ela estava em casa, nua Alma ao vento, olhos pregados
No outrora, e sorria, e cantava
E esparramava-se em delírios
Ela era criança, mas sentinela
Quando imergia dos sentimentos contrariados
E, lábios entreabertos, revelava-se
Em esplendor e glória de anjo adornado
De esperas insalubres nada sabia, nem desencantos,
Pêndulo de aspirações mordazes,
Ríspida ao inspirar o pó das luzes
Dos velhos e impetuosos amores de cada dia
Era mulher, e tudo o mais
Que poderia ser, e ainda
Muito menos que os burocratas permitiam:
Mãe, e filha, amante, árvore, fruto, e
Cão lambendo ossos no altar

CRÉDITOS: Maximiliano da Rosa

2 comentários:

  1. Olá, este poema é de autoria de Maximiliano da Rosa. Você não colocou os créditos nele. Agradeço se incluir.

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  2. MAX, POR UMA FALHA DE MINHA PARTE, DEIXEI DE COLOCAR OS CRÉDITOS, MAS, JÁ ESTÁ CORRIGIDO...ABRAÇOS

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