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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eu sou o tempo que apaga

Sou a alma devota
O corpo selvagem
O amor que devora.
Sou sentimentos incertos
palavras secretas,
Sou o medo escondido
A fé reprimida.
Sou a vida derrotada
A morte sossegada,
Sou a fome e a seca
De um mundo sem rumo
Sou a música que toca
A sinfonia melódica
Sou o sofrimento ferido
O coração dividido, a esperança esquecida.
Eu... Eu sou os olhos do mundo
Porque dele não há refúgio.


(Autor desconhecido)





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